sexta-feira, 25 de julho de 2008

UMA BOA HISTÓRIA É ATEMPORAL


SINOPSE
Uma breve estória. Insights do cotidiano de alguém que já moldou em suas velhas roupas o formato de sua alma e do seu espírito. Sentimentos que não fazemos questão de entender e pensar. Mark é um rapaz sereno, eu acho. É passageiro, figura que "não se enquadra" direito. Mark, para mim, é uma indefinição.

OPINIÃO*
"Mark Marine é um grande símbolo da nossa sociedade. Um rapaz que, embora se esforce para estar inserido, acaba sempre à margem de seu próprio entendimento. Sua gaita transforma-se em seu maior - e talvez único - elo de comunicação com o mundo e, em grande parte dos momentos, com ele mesmo. Uma metáfora moderna sobre o mais ancestral dos medos: a vida em sociedade e o isolamento mesmo em meio à multidão".

*Eduardo Schiavoni é de Ribeirão Preto. Jornalista e escritor, é autor dos romances "O Império do Sol: as últimas palavras do antigo deus inca" e "O irmão das águas"


quinta-feira, 24 de julho de 2008

EU QUERIA SER CLÁSSICO POR UM MINUTO SÓ

Clássico igual:
- Vontade de Coca-Cola no almoço
- Sono depois dos dois
- Fome de doce durante a tarde
- Cansado depois do trabalho
- TV pra relaxar
- Banho pra relaxar. E descontrair
- Roupa cheirosa pra ver novela
- Rico esnobe, pobre honesto (na novela)
- A princesa e o plebeu, versão Nelson Rodrigues: "Ela, pobre e puta. Ele, filho da puta".
- Acabou a novela... tic, tic, tic... canais, e mais canais...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

MAIS QUE ASSIM SOZINHO

Deu nos jornais
- Pesquisadores importados dizem que tribo indigena isolada não sabe contar. Os indios teriam apenas noção de quantidade: pouco, muito. De acordo com os pesquisadores, isso derruba a tese de que a capacidade de contar seja inata ao ser humano.

Ah... esses índios não saberiam quantas andorinhas tem na imagem acima. Acho que é isso que o homem branco chama de "superioridade" ou então "desenvolvimento".

PÂNRANRAN RANRAN RANRANRA - BATMAN!

- Que porra é essa, Batman?
- Fique quieto e assine logo isso ai, Robin. Estamos no FIT.
- Maravilha, Batman. Olha! nosso logotipo está flutuando pelo teto dessa joça!
- Eu sei Robin, eu sei. Não se destempere, meu caro. Agora assina essa merda ai e vamo embora pra Gotan City.
*Batman e Robin deram autografos no FIT2008

NÃO-LUGAR I

Não-lugar* permeia nossos não-eus, mostra-nos ambientes sem desdém. Neste último, prepotencia de quem alimentou grande parte da nação. Ex-depósito, Swift correu risco de desaparecer, de jamais ceder celeiro aos ceifadores e não mais à ceifagem. Joio e trigo da metáfora de Jesus em um só lugar.

*Não-Lugar é um lugar de destaque do FIT - Festival Internacional de Teatro -, realizado em São José do Rio Preto

NÃO-LUGAR II

Antigo Armazém de grãos, a Swift foi indoor do FIT2008, abrigando o Não-lugar - ponte-de- encontro itinerante nas edições do Festival. Antes espaço para grãos, agora quem separa o joio do trigo são valores sociais, crenças espirituais e costumes locais. Lá, tudo tudo uma coisa só, à isso se presta o Não-Lugar. Pena nada experimental ser realizado, umas estátuas vivas suspensas, malabaristas dependurados por fios invisíveis... falta grandiosidade na alma humana, ainda que não lhes falte vontade. "O ser-humano nasceu para brilhar!", dizia Ney Latorraca. Então, brilhe!

NÃO-LUGAR III

Mais uma imagem do Não-lugar. Pessoas, pessoas e mais pessoas. O FIT se abre a isso. Para nossa sorte.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

LINDA, EM CIMA DO MORIN

Apesar do Sossiur ser preferido dela, foi em cima do Edgar Morin que eu vi Linda Bulik, ex-professora minha no meu tempo de faculdade. Calma, calma. Este reencontro foi na biblioteca da Unesp/Ibilce, uma dos maiores acervos em quantidade e raridade literárias das Unesp´s. Lá, há livros de valores que últrapassam os R$50mil (sendo muquirana, vai), dado sua preciosidade. Meu precioso...

A imagem comprova: o livro dela eu segurei com a mão, e ao fundo, bem na última posição com detalhes vermelhascos, meu querido Morin. Linda ocupava a mesma posição, mas na fileira de cima. Apenas as mais altas cabeças poderiam observar com seus olhos altivos nossa querida professora de Semiótica.

Me recordo muito bem dela, mas pouco do conteúdo ensinado (aprendido, é claro...). Lembro certa vez, sobre fotografia: "Fotografia pode ser considerada arte? Não para...".

FIT2008 - Festival Internacional de Teatro

PEÇA IMPACTANTE INDUZ A REFLETIR Sussto quando viu Marcelo Matos com seu personagem comendo fígado de boi cru, representando o canibalismo em forma antropofógica (abaixo). Muita sujeira e discurso que levava a platéia a pensar sobre julgar ou não o protagonista. Obra inspirada em Platão e em outro grande pensador que não quer seu nome escrito.

peça Habeas Corpus 15/07/2008 início da noite


FIT EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


O Novo não entende nas faixas espalhadas pela cidade (São José do Rio Preto, imagem ao lado) a linguagem visual sempre rebuscada das campanhas FIT, evento da cidade que descobre a Cultura cobrando pela entrada.

E se cobra em dobro: realizado pela prefeitura municipal, patrocinado pela Petrobras, Caixa, Correios e apoiado e parcerias com outras entidades, o FIT gera às pessoas [críticª] o duplo pagamento - os impostos pagos pelo cidadão, arrecadados pelo governo, que vão para o patrocínio, e o bilhete na portaria, esgotado semana antes do evento. Festivais "de graça" [críticª] não devem atrair o público.

O FIT apresenta grupos diversificados, do Brasil e de fora. A imprensa é "convidada" a assistir, [críticª] desde que pague: jornalistas e pessoas do meio têm desconto com a credencial do evento, com exceção para o não-lugar, o bar oficial do evento que também apresenta algumas atrações.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

CAPTURADOR A MENTE


FOTOGRAFIA

sf (foto1+grafo1+ia1) 1 Arte ou processo de produzir, pela ação da luz, ou qualquer espécie de energia radiante, sobre uma superfície sensibilizada, imagens obtidas mediante uma câmara escura.

Lembro o dia que o Moço viu essa pintura. Primeiro foi a incerteza, medo mesmo de passar embaixo dela. Depois a idéia: fotografar. Será que os outros a veriam como eu a vi? Podem até imaginar as almas mais abertas, mas não podem sentir a chuva chegando como eu a senti...

BR 153, a caminho de São José do Rio Preto, 23/03/2008