quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quantos desaniversários!

Foi o mais gostoso encontrado, porque era colorido de alegria que só comendo pra saber. Quem comeu mais sabe em dobro do que falo. Dos que mais marcaram essa memória que às vezes me falha, foi um que sai correndo rua a cima. Outro foi histórico: um carrinho de cachorro quente na garagem de casa. Lembro de um presente mole, era roupa, que sequer posso notar se cheguei a usar ou não. Espero que talvez. Dos bolos, eram brancos, de coco. Queria outro na época, mas hoje não sei. A saudade encarece as coisas. Se paga um preço alto pelos amigos longe, pela família já toda mudada, pelas árvores mais baixas e as pessoas que não se reconhece mais. O que aconteceu com aquele universo que eu, criança, via tão grande? Ele encolheu porque eu cresci. E tudo fica menor, assim, até mesmo aquele bolo enorme que hoje ocupa o espaço de um prato razoável. Só a saudade aumenta em desproporção sempre crescente. 

2 comentários:

Cris Carvalho disse...

Santii,

a gente precisa aprender a olhar de novo! Porque beleza e glória das coisas, num é o olho que põe? Entonce ...

beijokas*

=)

lídia martins disse...

Antes eu escrevia para lembrar.
Hoje, escrevo para esquecer.


Se eu reconsiderasse a minha decisão é assim que seria. E isso não é justo.

Não é nas mãos que não tenho tido forças. É no coração Santiago.




Eu li sim. E mal posso esperar para ler o próximo capítulo. Seus vôos metafóricos como sempre -engarrafando aviões.



Obrigada por me aquecer com suas palavras. porque anda nevando um bocado. É um dilúvio em pó.


Um beijo.