domingo, 9 de agosto de 2009

9/8/9 = hj.

Sabe... a luz baixa, a música já ultrapassada, o sono que não vem, os trabalhos a serem feitos, os prazos estourando, a geladeira desarrumada, a camisa para passar, a alma para lavar. E o céu escurecendo, os carros passando mais e mais acelerados, a rua mais e mais esburacada. Mas apesar disso o mercado está mais caro, o leite subiu e o álcool combustível tem o valor mais alto do ano. A roupa já perdeu a cor e está a 20% de sua vida útil, a pintura do carro áspera e perdendo seu brilho, o sapato com o couro já gasto e as blusas de frio com um pequeno orificío embaixo dos braços. Tem aquela jaqueta jeans que tanto gosto e que não sei onde está.

E mesmo com tudo isso, a locadora sobe o preço e tira a promoção, o cinema aproveita a alta temporada de férias e corta a meia entrada, venceu minha carteirinha do Sesc e o Shopping traz diversas atrações pagas para me tentar. Eu penso nos meus votos que não acertei, naqueles políticos todos que eu gostaria de desejar algum tipo de mal, como o que eles me concedem com sua falta e incompentência, até mesmo o segurança que manda e desmanda, o professor de teatro que faz planos e nos coloca dentro como se o sonho dos outros significassem sonhos para mim - e não devaneios.

Há ainda o frentista que parece querer que eu ligue o carro e vá embora, o dentista que não quer que eu saiba do que ele sabe, o mundo que me quer nos formatos dele e meus próprios formatos que não importam a mais ninguém. Tudo isso me lembrou essa foto, que tirei num dia de chuva; tudo estava tão tranquilo que eu pedi mais um dilúvio... só que ele foi mandado para Santa Catarina.

Um comentário:

Renato Menezes disse...

Sim, sinto isso todos os dias. Não haverá de ter fim?