sexta-feira, 14 de agosto de 2009

SENTINDOS OS SENTIDOS

Seres de luz que baixa sono em escuro recesso. Olhos vêem apenas projeções, mas cegam-se aos poucos na tenra aurora. Cegares, que mundo enorme se abre. Fechais olhos, moço apressado. Perceba evolução, lhe cegou os sentidos e lhe deu visão. Que tanto de mundo isso lhe diminuiu, ah, garanto que mais que possa ver. Vejo em praça aberta e ela some. Não basta. É pequena para mim. Pois a noite me mostra mais. Esqueceste? Sons... sabores, temperaturas, arrepio que ilumina mais. Um passo e tal terreno não é mais óbvio, há desequilibrio, há eu e o lugar, há uma ligação que a luz apaga, engraçado. Eu percebo distâncias. Entre pé e chão, o desequilíbrio mostra energia puxante, dizem 9,80665 m/s² .

E dizem impossivel ir mais além da luz, que energia muita precisa. Mas que nada. A luz não é que leva. É que volta. E bem antes. Se dia, mais antes ainda, é um passado 8min e 18s. E disso percebo que para ir antes não é preciso dela. Sem luz, há o que? Vida não sei. Mas há espaço antes da luz. Tempo e Espaço e Luz não? Espaço visto por luz, mas tão depois! Ah, sente-se, velho. Tire um cochilo que a luz ainda demora quase uma eternidade para lhe mostrar seu caminho.