domingo, 20 de setembro de 2009

OLHA LÁ, SE NÃO É A CIDADE A COCHILAR

É que lá fora, parecendo um borbulhinho, um silêncio me inquieta. É a paz nos ouvidos, o sono do piar dos passarinhos silenciados e as árvores que, sem vento algum, dormem verdinhas. Sabe que isso me acordou? [a suave música me atrapalha... tive que pará-la]. E desperto me lembro que sempre fui dificil para dormir. Não é uma opção que fiz, mas me fiz assim, companheiro da noite, onde penso, repenso e talvez me amadureço.

E colho durante o dia o que passou e amarelou na cabeça por toda a noite. E quando das preocupações vem o sono pesado e sonho pouco. E sinto ter tão pouco tempo que deveria ser físico pois entendo e vejo isso que criamos de tempo de forma tão particular que poucos acreditariam ou poderiam sequer sonhar com os parâmetros que tenho tido. E tenho tido tantos que eu mesmo, ao pensar neles, desejo um momento de esquisofrenia qualquer.

Está claro que agora é um tempo parado. Nada sai do lugar, vide a imagem, todos dormem. Não há carro, não há quase barulho algum [apenas a música, que religuei]. Está claro mesmo escuro lá fora que não resta muito tempo. Isso de ter a noite não é mania, nem boemia. Ela existe e ainda não pude entender. Sei que às vezes até atrapalha, mas não faz mal. Se ela ensina, tem ensino que só se sabe ter aprendido quando dele se precisa adiante, nas experiências da vida. Vou me ter com minha noite mais um pouco, amanhã é mais tempo para lidar.

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