
Então meus velhos olhos se sentiram futurizados, como que mortos por natureza fechados, proibidos de perceber além aquilo. E Niemayer fez bem, fez assim mesmo, para que se olhe dentro e não fora. Mas olho se olha para fora, e os meus assim quiseram e frustrados se puseram, DE-SES-PE-RA-DA-MEN-TE, acreditem quando digo, a procurar o olhar pelo olho do outro velho construtor. E assim como que cansados, mas perspicazes e incapazes de aceitar o que o outro por demais velho mandava, meus olhos já esbranquiçados viu o que só se sente em despedidas.
A hora certa e decisiva havia chegado. E quando chega, depois que passa, mesmo sob chuva forte, ele o coração se enaltece, se enobrece e canta em gratidão contida, quase como que em lágrimas caiam do escuro céu já acinzentado. E então este velho que vos escreve primeiro viu pelo coração, emotivou sua razão e se lembrou dos olhos postiços que trazia a tira colo. Eis que por eles pôde ver para fora dos olhos; E-MO-CI-O-NA-DO, lançou mais outros olhos para fora do olho que não deixa olhar. E um novo e belo olhar foi feito para além da obra do grande Niemayer.
2 comentários:
o cara é realmente fantástico...
Quando eu crescer quero ser igual ele... hAUAhaUahu...
Teus olhos te levaram a passear com o grande mestre das curvas e formas... que deleite! O olho do grande velho fez o nosso ficar cheio de beleza e assombro. Eu amei aquilo também.
Postar um comentário