Há uma coisa engraçada sobre o tempo: pensamos que ele passa, mas somos nós que passamos por ele. E em poucos momentos percebemos isso. Ali sentado observo, enquanto queimo suavemente minha língua com o capuccino recém preparado, quem entra, quem sai, quem passa de carro, a pé, de ônibus e o vento que mexe - às vezes brutalmente - as árvores e coqueiros lá fora. Fica clara a passagem. Mais clara ainda a velocidade disso. O tempo, convenção humana, não existe. E por relativo, o que representa o tempo humano comparado ao tempo de uma estrela, dessas que mal notamos no céu? O tempo tem sua hora não marcada por relógios. Eu o marco pelo meu capuccino, que me leva pra depois da minha conscicência e percepção estabelecidas pela ciência.
Imagem de Cristiane Fontinha
Imagem de Cristiane Fontinha
Um comentário:
O tempo é cura, o tempo acusa, o tempo apura.
Os que mais sentem são os que mais vivem, ainda que doa. Os que mais sentem não apenas passam pelo tempo, vivem o tempo.
Beijos!
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