terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para um brilho mais brilhante


Brilho porque eu não me faço do outro. Sou, para você, duas formas diferentes: brilho a partir do meu eu mas também sou brilhada, e isso acontece quando alguma coisa me mudou da origem. Você, por exemplo, me muda quando em você eu toco, e ai eu vou brilhar em outro lugar. Na verdade, brilho no caminho pois não tenho casa. Meu brilho é durante o ir-se, tendo destino trombar com algo e ir, novamente, brilhando por ai, me espalhando pelos que me aceitam de pouquinho em pouquinho. Acontece que você me nota quando olha para o vidro do carro em dia de chuva. E me vê redonda, toda fora da dieta. Percebe, então, que o vidro me pára... será? Quantos tipos de vidro tens seu coração e sua alma, que me pára mesmo sem chuva? Não se leve pelo seu olhar... me vistes ali, redonda, no vidro e pensa que ali eu fico.  Não percebe que mesmo sem sua abertura eu lhe toco; é quando volto mais ou fico mais em você. O quanto? Depende da sua essência.