quarta-feira, 12 de maio de 2010

E você me ocupa por todo mesmo

Sabe que, mesmo quando estou sozinho, me vem você dizendo que tem mais do que eu supunha. E diz  você mais sobre sua presença em coisas que eu só percebo depois, e são elas que me valem por surpresas nunca ganhadas. Aquele canudinho alí, solto pelo chão, diz que já faz hora de você voltar dai, de longe. É um pedaço de você que ficou aqui. Chiclete, balas, brincos, o amor... tudo de você tem ficado em casa, e eu pensando se é que haveria coisas guardadas em você que estavam escondidas ainda. Nunca me ocorreu que sempre estiveram aqui, ali, em todo lugar. Acho que eu via, mas me tampava os olhos para não me esvaziar. E se tivesse percebido antes? Continuaria vendo minha retidão? Em todo caso, dou destinos praquilo que me faz lembrar você. Um deles, é embrulhar com papel fino lançando do laço para enforcar a fita amarela. Isso só acontece em meu coração: das guardanças em papel chique, todas estão perfumadas em um canto (daqueles cantos pricipais) do meu quarda-roupas imaginário. Apenas fica diferente porque tem um valor que só aumenta, mas nunca muda, só muda é o jeito que me faz lembrar de você.   

2 comentários:

Ziris * disse...

Olá meu Velho Santiago, como vai?

Ando passando boa parte dos dias assim, grudando os olhos no horizonte. Minha vó dizia que isso treina a visão para o grande. Ou como eu sempre digo à Pipa, aperfeiçoando meu assovio, Volare tá quase perfeita! É certo que são tempos difíceis pra nós. Nem sei ao certo qdo foi pior, quando fui tomada ou devolvida. Por isso vou em busca da minha qualidade preferida, a distração... Ela há de estar escondida em algum canto que eu não lembro mais... Esquecer é pior que distrair.

"Acho que eu via, mas me tampava os olhos para não me esvaziar."

Bem sei, Velho Santigo, bem sei!

Quer vir assoviar? Te espero...

Grande abraço!

lídia martins disse...

Meu muito querido Santiago:

E o que disserem: Eu sempre vou esperar a sua chegada. Seus passos não são lentos. São leves, porque você pisa em nuvens de algodão.


Que tal a gente sair por aí e tomar um porre de chá de estrelas. Não seria nada mal ficar invisível nesses dias difíceis.


Um beijo