segunda-feira, 22 de março de 2010

Me tira com riso o risco, tira que fico

De quando fui mais eu tenho como certo que era outro assim, maquiado, palhaço. Quem sabe não um pedaço, apenas, de riso contido, guardado, escondido, que eu transformado me revelava e até o dava. Se quase portão aberto com carro embaixo, a rua cheia e eu sem roupa, todo nu com as roupas de estar, me vi, então, mais bem vestido de branco, branco até o rosto. Verdade que me falta o final, sempre deixo a deixa para voltar num picadeiro parado, visto por trás, visto por todo dia simples assim como o é mesmo. E o riso contido é o melhor, faz cócegas ao coração, apalpa a alma e cutuca com penas de gansos brancos também aqueles pedacinhos todos de felicidade que se tem espalhados pelo corpo. Se for dificil ver, que com riso eu tiro riscos e digo para que ficas, é preciso da roupa branca se adaptar. Garanto riso durante e depois. O riso de antes eu só posso dar se me der primeiro o espinho que vejo ai, cravado. É uma troca com troco, e troco de ideia se não o trocar para melhor assim, comigo de branco.

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