domingo, 27 de maio de 2012

Amanheceres de minha vida


Amo amanheceres. De primaveras, verões, outonos... demorará ainda até o inverno chegar, mas talvez os amarei também. O bom desses amanheceres é poder sair de casa, rapidamente, e por ao menos os pés pra tomar daquele sol novo, fresco, em tenra idade. Os sóis da manhã me deixam feliz. Eles me fazem duas vezes bem: me mostram sempre um novo amanhecer e aquecem aquela minha velha casa e suas marcas. Queriria poder retribuir aos amanheceres tudo aquilo que eles me trazem. Mas sou tão pequeno que, sinceramente, meu aparecimento sequer deve significar alguma coisa na vida desses sóis. Também não tenho tal intensão... Meus pés ou mãos, que exponho muitas vezes desprotegidas aos seus raios, sentem um leve tocar. E ficam marcados, assim como minha alma ainda com cara de sono. Os sóis dos amanheceres devem vir mansamente. Espero isso deles. E devem passar. Como em todas as manhãs que viverei. 

2 comentários:

lídia martins disse...
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lídia martins disse...

O sol amadurecerá. Mas de modo lento. Feito laranja dourada a rolar pelos pés rachados dos pomares secos.

Os sinos das campânulas vão soar. Mas depois do inverno. Feito clarins de vento avisando às borboletas a hora de voltar para os canteiros.

E teus olhos cor de caramelo queimado se derretiam sobre o amanhecer açucarado...

Um beijo doce,

Meu Velho Santiago.