Aqueles velhos dias de chuva voltaram. Uma vez por ano eles voltam. A cada ano, em sua devida estação, tenho plantado sementes bem específicas, cuja própria terra me ensinou a semeá-las adequadamente. Se fora da estação, com ou sem chuva, elas não rompem a terra novamente virgem, muito menos germinam. Assim como a devida chuva, uma vez por ano volto a rememorar minhas saudades. Diferentemente de Gaia, por vezes gero em meu seio colocações inadequadas: chove quando minhas sementes precisam de sol, e há uma estiagem quando nada de água cai. Percebi que meu ano pouco tem forma e sentido. Meu ano é finito, enquanto suportar abrir os olhos pela manhã. E nessa duração vou semeando, aguando e colhendo à mercê de fatores que - muitas vezes - de nada tenho a ver. É complicado quando chove de mais. Mas sei que sem essa chuva tanta secura de antes não teria como curar. Só assim pra deixar esse seio novamente fértil.
A foto tb é do velho.
Um comentário:
Nos olhos de quem ama chove. Às vezes, sem parar. Mas depois estia devagar.
Um abraço consternado em ti, meu Velho Santiago.
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