quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SUPER HEROIS DA INFANCIA

Relembrei meus heróis da infância hoje. Eram muitos. Super-homem eu tinha a capa. O Batman eu queria cuidar de morcegos. Pra mim, tinha também os Comandos em Ação. Adorava o Noturno, pq ele enchergava no escuro e eu sempre gostei muito mais da noite do que do dia. Não pela boemia, mas por poder me situar num limiar entre o visível e o invisível. Nessa Zon.a Fronteiriça eu era o super-heroi, eu tinha olhos para atacar... Os muros que eu não os deixava cair, a supervelocidade, a supervisão, eu tomava biotônico dizendo ser pra ter mais poder. E ficava elétrico. E me escondia na sombra porque lá nem minha própria sombra poderia me deletar. Só tinha medo de pisar em cima de outro sapo [a primeira experiência foi muito ruim].
Também lembrei de outros heróis, que me ensinaram a ser superheróis como eles eram. De cada um peguei um poder especial. Mas nasci um herói puro, só com a parte do poderio, já que não fiz questão de trazer para mim aquilo que fizeram deles heróis. A morte dos pais projetou o alterego do Bruce. Ser filho sem pais deu uma capa pro Clark. Eu ainda não sei não, mas acho que o que me fez foi o amor.

Um comentário:

Fernão Gomes disse...

Eu também me lembro, sempre, dos meus heróis de infância: alguns que você mencionou são comuns aos meus: Batman, Superman (este, menos), Spider, etc. Mas, putz!, nossa possibilidade não é criá-los como heróis de um tempo, mas criá-los como nossos espelhos. Parece que nao, né? Mas estamos nesse entrave. Seus textos são legais, meu velho. Eu me vejo refletido neles. Abraços.